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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Wild Heart - 13° Capítulo


"Eu me preocupava bastante com o que queria ser quando crescesse, quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes, as coisas que você mais quer, não acontecem. E às vezes, as coisas que jamais esperaria, acontecem."


                Justin era como um anjo, ele me levou até o carro, enquanto eu ainda estava paralisada. Ele deu partida no carro, e eu não prestei atenção no caminho e nem sabia onde ele estava indo, não conseguia me concentrar no caminho, minha cabeça ainda estava lá. Meu pai era um canalha. Como eu poderia ser filha dele? Nós eramos tão diferentes. Meu pai era um monstro, uma pessoa incapaz de amar. Eu queria saber se ele já era assim com minha mãe. Como ela foi capaz de ama-lo? Será que ela o amava? Meus pensamentos estavam a mil. Até que a voz de Justin entrou nele.

                -...ainda? - Justin olhava pra mim esperando uma resposta. 

                - Ah, desculpa Jus! - eu não tinha prestado atenção no que ele havia acabado de dizer - O que você estava dizendo? Você pode repetir? 

               - Claro, Mel - ele disse sorrindo para mim - Vamos no Starbucks ainda ou você quer ir para outro lugar? - ele estava todo carinhoso

               - Eu perdi o apetite. Só me leve para a escola mesmo, eu tenho que entregar uns trabalhos. - ele assentiu, ele sabia exatamente quando eu não queria conversar e ele me respeitava. 

              Chegamos a escola e Justin estacionou o carro. Faltava alguns minutos para começar as aulas, nossos cronogramas eram diferentes, então cada um seguiria um lado da escola, ele me deu um selinho enquanto nos separávamos cada um seguindo seu caminho. 

               Fechei a porta atrás de mim e me dirigi diretamente ao inferno. O corredor reluzia á luz da manhã. Lá fora, o vento soprava e jogava as folhas secas contra as janelas. Meus tênis ecoavam no chão do corredor, enquanto eu ia em direção ao meu armário. Patrick veio em minha direção me abraçar, ele tinha acabado de chegar na escola. Nós sempre eramos uns dos últimos a entrar na sala. Nos ficamos nos abraçando por um bom tempo, até o sinal tocar. Peguei meu livro de Literatura e nos dirigimos até a sala da Sra. Ashton. 

               Ela nos deu um olhar de repressão, enquanto procurávamos um lugar para sentar. Só as carteiras do fundo estavam vazias. Patrick sentou ao meu lado. O segundo sinal tocou em seguida e a Sra. Ashton começou a divagar sobre a importância da Literatura para a civilização e, claro, para a classe. Eu não estava prestando atenção a sua aula, eu ainda estava pensando em meu pai e em como eu queria que acabasse logo essa aula, para que eu pudesse conversar com o Patrick. A Sra. Ashton terminou a aula dando um trabalho para casa. Houve uns lamentos em resposta, mas mesmo assim ela passou. 

              Enquanto eu guardava meu material na mala, Patrick veio até minha carteira, me esperando para sairmos juntos da sala. 

               - Está tudo bem, Mel? Você parece apreensiva! 

               - Precisamos conversar! A minha próxima aula é livre e a sua? - ele olhou em seu cronograma.

                - A minha próxima aula é de Religiões, tudo bem se eu der uma escapadinha - ele riu. 

                Nós fomos até uma cafeteria que ficava ao lado da escola e ficamos batendo papo, eu contei tudo que estava acontecendo para ele e ele me escutava atenciosamente. Eu contei para ele o fato de eu querer sair de casa, já que não aguentava mais conviver na mesma casa que ele. 

                 - Mel, se quiser minha casa está sempre a sua disposição! 

                 - Obrigada, Trick. 

                 - E olha, não precisa ter vergonha. Pode ir para casa quando você quiser, você sabe que lá é como se fosse sua casa e você é bem vinda a todo momento. 

                 - Eu não quero dar trabalho.

                 - Que trabalho o que Melanie? Para de frescura! 
               
                 Nós nos abraçamos, e eu deitei em seu colo e ele ficou mexendo em meus cabelos, e dizendo palavras acolhedoras para mim. Ele sempre me ajudava, eu amava o Patrick, o jeito dele de sempre fazer os outros felizes, eu nunca o tinha visto triste. E olha que somos amigos desde que me entendo por gente. Eu não sei o que seria de mim sem ele. Depois de um tempo, voltamos para a escola, e cada um foi para sua sala. O dia demorou para passar, eu não via a hora de ir para casa. Eu não consegui me concentrar em nenhuma aula, o fato de meu pai ter matado um homem estava me matando. Eu não sabia o que fazer a respeito. Quando finalmente acabou as aulas, fui até o refeitório e me sentei sozinha em uma mesa, não estava querendo conversar com ninguém, apenas queria ficar sozinha. 

               Fui fumante por muito tempo e nunca me imaginava sem o cigarro, muitas das vezes preferia fumar do que comer. Sempre tive atração pelo cigarro, quando mais nova achava chique. Comprei meu primeiro maço de cigarro aos 14, quando fui para o ensino médio. A maioria dos meus colegas usavam drogas e fumavam, e logo eu comecei a segui-los. Ano passado tive uma crise labirintite que apenas sentindo o cheiro cigarro, me dava vontade vomitar. Eu fiquei muito mal durante meses. E fui largando aos poucos o cigarro. Porém, o desejo de por um cigarro na boca, sentir ele entre os dedos, tragar aquela fumaça se manteve. 

               Hoje quando voltava da escola, no caminho para casa, não pude resistir quando passei em frente a uma lojinha onde eu costumava comprar cigarros ano passado. E quando me dei conta já tinha comprado dois caixinhas de Marlboro vermelho. Depois de ter ficado seis meses sem fumar, parecia que a vontade havia passado, mas não. Eu andava cada vez mais rápido, com ambição de chegar em casa o mais rápido possível para tragar um cigarro. Parecia que todo o meu vício, tudo o que eu tinha deixado para trás seis meses atrás, havia voltado e de uma forma mais forte. 

              Quando cheguei em casa a primeira coisa que fiz foi ir até o banheiro do meu quarto e ligar o chuveiro, fechei a porta do banheiro e abri a caixinha de Marlboro, enquanto eu abria a caixa, eu pensava se realmente valia a pena começar com aquele vicio tudo de novo? Mas parece que eu não dei atenção, apenas coloquei o cigarro na boca e comecei a tragar e me senti a pessoa mais feliz do mundo, eu amava aquela sensação.  

           O meu banheiro era meu antigo lugar de fumo, já que lá ninguém conseguiria me ver e ao ligar o chuveiro o vapor levava a fumaça embora e não deixava o cheiro do cigarro em casa, não deixando ninguém desconfiado que eu havia fumado.

                 OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI GATAS :3
ESSE CAPÍTULO FICOU CHATINHO, MAS É QUE EU TAVA SEM MUITA IDEIA, SORRY :X 
                  MAS AI EU PROMETO CAPRICHAR NO PRÓXIMO HAHAHAHA 
       AAAAAAAAAAAAAAAA QUE DROGA GNT, AS FÉRIAS JÁ ESTÃO ACABANDO. 
                                                     CUIDEM-SE GARNIER 
                                                                   XOXO

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