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domingo, 19 de janeiro de 2014

Wild Heart - 12° Capítulo

                                    “Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.”


           Seu carro estava estacionado há poucos metros de distância, ele devia ter acabado de chegar no local. Ele estava parado do lado de fora de um edifício alto feito de vidro, parecia com um escritório. Ele devia estar esperando alguém que viria recepciona-lo, e dava para ver pela sua expressão que ele estava impaciente, ele andava de um lado para o outro, e de cinco e cinco minutos olhava o relógio. Logo, apareceu um homem de estatura média, calvo e forte na porta do edifício. Ele cumprimentou meu pai, e logo os dois entraram. Por mais que eu não fizesse ideia de quem era aquele homem, sua aparência não me era desconhecida, acho que já tinha o visto antes, quando era mais nova. 

            Justin ia dar partida no carro, mas eu pedi para ele parar. 


            - Eu preciso descobrir o que meu pai foi fazer naquele prédio! Eu preciso descer do carro - disse eu abrindo a porta do carro, Justin travou o carro me contrariando. 


            - Mel...- ele me olhava com ar de desaprovação, antes que ele começasse a falar qualquer coisa eu o interrompi.


           - É importante pra mim Justin, ele é meu pai e eu quero tentar entender melhor o que está acontecendo.


           - É perigoso demais você ir até lá. Você não sabe com que tipo de pessoa seu pai se envolve. - disse ele tentando me fazer mudar de ideia.


           - Não importa com que tipo de pessoa meu pai se envolve, eu nem mesma sei que tipo de pessoa ele é, mas...- eu estava me alterando já, não queria pensar no fato de meu pai ser um traficante.


           - Você está sendo ridícula Melanie! - disse Justin alterado - Parece que você gosta de arriscar sua vida por nada! 


           - Não é por nada! - disse eu teimando - E além do mais eu já sou grande demais para saber o que é bom ou não é pra mim. Agora da pra você me dar licença e abrir logo a porta do carro?! 


          Justin destravou a porta, acho que ele percebeu que essa briga não ia me fazer mudar de ideia. Eu abri a porta rapidamente e comecei a ir em direção ao edifício, logo sinto algo tocando a minha mão e quando olho para trás e a mão do Justin, ele estava me acompanhando. 


         - Eu só quero deixar bem claro que não concordo em você vir até aqui, isso é idiotice! - Justin estava me dando sermão - Você não sabe o que esse tipo de gente é capaz de fazer Mel, e eu nem quero imaginar eles colocando a mão em você. Então tive que vir junto pra tentar evitar algo desse tipo. Eu te amo Mel, por isso me preocupo com você! 


         - Eu também te amo - eu dizia enquanto apertava o botão do elevador, havia um papel indicando que os escritórios ficavam no quinto andar e foi para lá que eu me dirigi.


         - Não parece, se você me amasse não iria desperdiçar sua vida desse jeito. Me promete que nunca mais vai arriscar sua vida por bobagem? - ele olhava para mim como um olhar de cãozinho abandonado 


         - Prometo - disse eu tentando manter a voz firme, mesmo eu o amando eu também amava meu pai, por mais que ele seja mais ausente que tudo nessa vida, mas ele era meu pai e eu iria fazer de tudo para descobrir o que estava acontecendo, mesmo que para isso custasse a minha vida.


         Quando chegamos no andar cinco me deparei com diversas salinhas e fiquei imaginando o que eu iria fazer para achar a sala onde meu pai estava. Mas graças a Deus quando eu ia virar o corredor, vi meu pai e aquele homem voltando com um papel na mão e eles entraram numa sala de número 59, era a última sala daquele andar, era a única que ficava separada das demais, então presumi que o assunto que eles iriam tratar deveria ser algo importante. Meu pai começa a falar mais alto, em tom de uma discussão. Eu não consigo entender corretamente todas as palavras, mas eles discutem sobre uma encomenda. 


          Ao ouvir a palavra encomenda eu me posiciono exatamente atrás da porta, com o objetivo de escutar mais a repeito sobre isso. E assim consegui escutar mais claramente. 

          - Você é um incompetente! - meu pai gritava para o homem - Não tinha o direito de entregar aquela encomenda na minha casa, seu desgraçado! Você sabe muito bem que era pra ser entregue no meu escritório, quantas vezes eu já não tinha dito isso?! Eu é que estou correndo perigo agora por causo de um merdinha como você. - meu pai estava realmente irritado, e cada vez avançava mais na direção do homem, enquanto o outro recuava. 

          - Desculpe, senhor! - o homem parecia com medo do que meu pai seria capaz de fazer. Meu pai quando nervoso era capaz de fazer coisas terríveis e hoje ele estava mais nervoso que nunca. Eu jamais havia o visto nesse estado - Da próxima vez... - meu pai interrompeu-o 

           - Não haverá próxima vez! - e na mesma hora meu pai colocou a mão no bolso e tirou uma arma de lá. 

             Eu fiquei desesperada, meu pai iria matar aquele homem em sangue frio assim?! Eu não podia estar presenciando isso, além de tudo meu pai ainda é um assassino.

             - Senhor, por favor, não! - o homem implorava para o meu pai, tirou uma foto 4x4 do bolso onde havia a foto de uma garotinha de cerca de 4 anos - Senhor, eu tenho uma filha, por favor, ela precisa de um pai. 

             - Eu também tenho uma filha! E mesmo assim você deixou essa encomenda em casa, exposta onde minha filha pudesse ver, agora ela deve me odiar, eu vou perde-la também. Então não me peça para ter piedade que eu não terei. - meu pai posicionou a arma na cabeça do homem 

             - Só me faça um favor! - o homem dizia em meio a soluços desesperados - Diga a minha mulher e a minha filha que eu amava muito elas. - e nesse mesmo instante ouvi um tiro.


             Meu pai havia matado um homem a sangue frio, ele era um assassino. Fechei meus olhos para não ver a cena, mas o barulho me lembrava que aquele tiro tinha sido real. Abri meus olhos e vi o corpo do homem estirado no chão e sangue escorrendo por todo o corpo. Meu pai se dirigiu ao banheiro da sala lavou as mãos, limpou as digitais, guardou a arma e trocou de paletó, como se ele não tivesse acabado de matar um homem. 

              - Temos que sair daqui, Melanie - Justin estava me abraçando, enquanto eu apenas estava paralisada. - Vamos, Melanie...temos pouco tempo para sair daqui. - Ele dizia enquanto me guiava até fora do edifício. 

                                        Oioooooooooooooi 
                                               Novamente demorei pra escrever, eu sei! >< 
 É que estava uma correria e novamente eu fui viajar e ai eu fiquei sem internet, tava péssimo
                                                MAS, ai eu voltei e já vim direto escrever hahaha 
                                                                Tenho dois recadinhos pra vocês: 
1° Como as aulas vão voltar e tals, vai ser mais difícil de eu conseguir postar, mas eu vou tentar postar toda sexta feira um capítulo ok?! 
2° Ainda tem alguém lendo?? rs É que os comentários tão sumindo :x 
                                                         
                                                                              XOXO 



              
           

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